O diamante azul
5 de fevereiro de 2010Escrevendo uma carta
18 de fevereiro de 2010Em uma tarde de mormaço, um jovem monge viu um sujeito vindo na sua direção pela estrada poeirenta, carregando um enorme e saboroso cacho de uvas. Por um punhado de uvas, um pouco de bajulação até vale a pena.
– Ó grande mestre, dê-me uvas – disse o jovem monge.
– Não sou mestre – disse o sujeito, pois era um desses viajantes contemplativos, avessos a arroubos de linguagem.
“É um homem de importância ainda maior e eu o menosprezei”, pensou o monge. Então, disse em alto e bom som:
– Alteza, dê-me apenas uma uva!
– Não sou nenhuma Alteza – resmungou o viajante.
– Bom, então nem me diga o que é, senão provavelmente acabaremos descobrindo que isto também não é um cacho de uvas! Mudemos de assunto!
