A recompensa
6 de maio de 2010Capacidde máxima
20 de maio de 2010Certo dia, os moradores do vilarejo quiseram pregar uma peça no Mestre. Já que era considerado uma espécie meio indefinível de homem santo, pediram-lhe que fizesse um sermão. Ele concordou.
Chegado o dia, o Mestre subiu ao púlpito e falou:
– Ó fiéis, sabem o que vou lhes dizer?
– Não, não sabemos – responderam.
– Enquanto não souberem, não poderei falar nada. Pessoas ignorantes, isso é o que vocês são. Assim não dá para começarmos o que quer que seja, disse, profundamente indignado por aquele povo ignorante fazê-lo perder seu tempo.
Desceu do púlpito e foi para casa.
Um tanto vexados, seguiram em comissão para mais uma vez, pedir ao Mestre que fizesse um sermão na sexta-feira seguinte, dia de oração.
O Mestre começou a pregação com a mesma pergunta de antes. Desta vez, a congregação respondeu numa única voz:
– Sim, sabemos.
– Neste caso, disse o Mestre, não há por que prendê-los aqui por mais tempo. Podem ir embora. E voltou para casa.
Por fim, conseguiram persuadi-lo a realizar o sermão da sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta de antes.
– Sabem ou não sabem?
A congregação estava preparada.
– Alguns sabem, outros não.
– Excelente, disse o Mestre. Então, aqueles que sabem transmitam seus conhecimentos àqueles que não sabem.
E foi para casa.
