Orelhas compridas
14 de março de 2011A moral do Tao
31 de março de 2011Nas Índias, uma elefanta estava sofrendo muito para dar à luz o seu filhote.
O rei desse país procurou ajudá-la. Mas só uma mulher que nunca tivesse mentido nem pensado em outro homem poderia socorrer a elefanta.
Uma única mulher se apresentou:
– Depois que me casei, só tive meu marido em minha vida. Nunca o enganei, nem mesmo em pensamento. Nunca amei outro homem; é evidente que posso auxiliar o parto.
Nesse instante nasceu o filhote, mas por mais que se fizesse, não havia meio de sair-lhe a cauda.
O rei e seus seguidores ficaram em dúvida;
– Por quê?
Disse, então, a mulher:
– Eu talvez tenha mentido.
– De que se trata?
– Quando eu era menina, por volta dos doze ou treze anos, beijei um bebê do sexo masculino e, a partir desse momento, o amei. Ele não sabia de nada, mas eu o amava.
A cauda do elefantinho não tardou a sair.
